Participei hoje de uma mesa redonda com o seguinte tema: Povos indígenas: Literatura, Histórias e Educação.
O coordenador do seminário, professor Jaime Pacheco deu início as atividades.
Logo em seguida, tivemos a palavra do nosso querido coordenador da 9ª CRE, o professor José Mauro.
Representando a nossa Secretária de Educação, a professora Glória Antonieta Macedo deixou nos uma breve palavra e apresentou um show de slides bastante emocionante sobre cultura e educação em todo o mundo.
Daniel sinalizou o estereótipo onde ele é chamado de índio pela sociedade. " Eu não sou índio, sou Munduruku" afirmou o escritor. Explicou que cada povo indígena tem seus costumes, suas crenças, não são todos iguais como vemos nos estereótipos: "Diversidade de 250 povos, com diversas formas de ser e interagir com o mundo...".
Segundo Daniel é fundamental que o município o estado e o Governo Federal tenham esse olhar diferenciado sobre a cultura indígena.
Em seguida, Vicent Carelli pode falar do projeto Vídeo nas Aldeias e deixou aquela pontinha de curiosidade quando falou um pouco sobre o trabalho que está sendo produzido : Filmes de crianças, com linguagem infantil para a introdução dos temas indígenas nas séries iniciais, a partir dos 5 (cinco) anos de idade.
Finalizando as exposições, o professor José Ribamar Bessa (UERJ) pode falar um pouco dos contos indígenas que sempre trazem um ensinamento. Indicou o livro Maino i rape ( Caminho da Sabedoria). Falou também sobre a nossa língua materna, o Português e como ela foi imposta aos índios.
O professor Bessa exibiu um vídeo sobre o racismo. Compartilho aqui com grande emoção:
Ao final, pude fotografar com o simpático escritor Daniel Munduruku que nos indicou o livro Mundurucando :
"Professores são donos do conhecimento.
Educadores são mediadores.
Professores são profissionais do ensino.
Educadores fazem do ensino um estímulo para seu crescimento pessoal.
Professores usam a palavra como instrumento.
Educadores usam o silêncio.
Professores batem a mão na mesa.
Educadores batem o pé no chão.
Professores são muitos.
Educadores são Um.
O educador tem os pés no chão, mas sua cabeça está sempre nas alturas, porque acredita que quem está à sua frente não é um cliente esperando para ser atendido, mas uma pessoa aguardando orientações para seguir seus passos. Essa é a razão de ser do educador. Essa é sua esperança. E, para tanto, o educador precisa ser inteiro, precisa ser completo, precisa estar em sintonia consigo mesmo e como o universo."
Ah, conheci uma professora muito especial da 6ª CRE: Monica Sousa!
Carinhosamente "Monikinha"
Como disse Daniel Munduruku "Somos todos filhos de mesma estrela..." e "quem educa deve reeducar o seu olhar" vou deixar minhas idéias fluírem e quem sabe em breve não posto um projeto bem bacana aqui no blog?
Beijinhos de mel,
Lívia Andrade